quarta-feira, 27 de maio de 2009

Versos cadavér_(s )_icos


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Versos cadavér_(s )_icos


Matei meu poema e de seu corpo fiz mortalha

Retalhei o verso à navalha, de cada corte

Eu fiz meu suporte a sustentar toda insensatez

Proveniente da morbidez estática de todos

Adeus à inspiração que vive a povoar meu imo

Cadaverize-se ante a hipocrisia... Sorria!

Carpideiras hão de chorar pelo leite derramado,

Lágrimas de crocodilos que salgarão a bala

De canhão apontado para a alma da poetisa.
Não pensem que esta morte é fugaz!


Tem tempo certo, definido nas leis de Moisés.

Como resistir ao apelo da morte que me sorri?


Alma e realidade caminham juntas, mas peleiam

Sobrando apenas o velho epitáfio:_R. P. I.*!


Denise Severgnini(Poenise)

R. I. P. = REST IN PEACE (descanse em paz)
ou RESTOU ÍNTIMO PADECER