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REST IN PEACE
Matei a poesia e de seu corpo fiz mortalha
Retalhei o verso à navalha, de cada corte
Eu fiz meu suporte a sustentar toda insensatez
Proveniente da morbidez estática de todos
Adeus à inspiração que vive a povoar meu imo
Cadaverize-se ante a hipocrisia... Sorria
Carpideiras hão de chorar pelo leite derramado
Lágrimas de crocodilo que salgarão a bala
De canhão apontado para a alma da poetisa
Não pensem que esta morte é fugaz
Tem tempo certo, definido nas leis de Moisés
Como resistir ao apelo da morte que te sorri
Alma e realidade caminham juntas, mas peleiam
Sobrando apenas o velho dito:_Rest in peace!
Denise Severgnini
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