segunda-feira, 8 de junho de 2009
Psicografia
Psicografia
Teclo palavras
Desenhos gráficos na tela
Tenho posse dessas lavras
Ou são tintas de outra aquarela?
Ora tão belas, ora tão sofridas
Vertem de mim ou de outra esfera?
Algumas são de minha conta e risco
Outras são a mim sopradas por Francisco*!
Denise Severgnini
*Francisco de Assis Brasil,
meu mentor espiritual,
foi meu tio avô nesta encarnação
sábado, 30 de maio de 2009
Meandros
Meandros
Constranger depreciativo
Nefelibata volita ao lusco-fusco
Nas entrelinhas, vocábulos
Aquietam - se...
Mudez mordaz
Ação falaz...
Virtualidade do tempo
Boca da noite, funcional
Deitou breu nas letras...
Rainha de copas
Alforriou o sorriso
No gato de Alice...
Tardio entardecer
Murano quebrado
Re_colado ... !!!???
Fotografia rasgada!
Pôr-do-sol derradeiro!
Ocaso caligráfico!
Crepúsculo prosaico!
Anoitecer funesto!
Epístolas jazentes...
Um epitáfio, apenas:
“Fratello” setentri_oriental :
Rosa dos Ventos oscula-te exonerada
Amplexos solares a ti ofertados
Feneceu astro-rei...”Rest em peace”!
Renascerá em outra eternidade!
Denise Severgnini
Imagem:
Lusco - fusco em Lomba Grande
Retrato de Moises Braun
quinta-feira, 28 de maio de 2009
Alma errante // Silêncio misterioso
Solitude //Tantos desencontros!
Sempre haverá poesia em mim
Sempre haverá poesia em mim
Há ratos no tombadilho da minha caravela
Os gatos, mui amigos, saíram de férias
comeram meu queijo, deixaram-me à míngua
Mas a poesia ainda está em mim...
Minha lápide foi edificada pelos carnífices
E um epitáfio por eles escrito: Aqui jaz poesia inerte!
Aniquilei e nele com sangue gravei:
Sempre haverá poesia em mim!
Jogaram-me no deserto, sem água por perto
miragens abrolharam, oásis poéticos
beduíno trouxe-me subsídio providencial
letras soltas, alforriadas... Então ,eu poetei...
Sempre haverá poesia em mim!
Arremessada à arena, aos leões, fui oferecida
gladiador intrépido, abrolhou-me um verso
E eu ,então, com ele interagi ,num mágico dueto:
Sempre haverá poesia em mim!
Não importam ratos, doença, fome, desgraça
Pode chover canivetes, abriram-se grotas...
Se a manancial secar, a estiagem chegar, a expiação persistir
Se tudo de malfazejo a eu incidir, ainda assim
Com as bênçãos de Deus: Sempre haverá poesia em mim!
Denise Severgnini(Poenise)
Readaptação do poema Sobreviverei
quarta-feira, 27 de maio de 2009
Sentindo a morte de perto
Sentindo a morte de perto
Há um beijo que não dei, mas já é tarde
O destinatário partiu faz muito tempo...
Há aquela flor que não reguei... Sem alarde,
Dou-lhe a líquida fonte de vida... Contratempo
Há em mim, aquela dor que não cultivei...
Há no firmamento, A Força Maior,
Que agnóstica, inconsiderada, quase eu repudiei...
Visita-me espectro das sombras... De amor,
Busco roupagem... A disfarçar as mazelas que experimento
De passagem marcada à estação terminal... Repenso!
Escrevo ,eu trabalho, leio estudo,... Pra quê?...Nem minto!
Há ainda lavrado em meu peito aquele verso denso...
Não exaurido, nem sentenciado... Que sem querer eu sinto!
Tenho tempo... Dou-me o tempo... Apesar do desalento
Andejo de mãos dadas com o Criador... Sobrevivendo!
Meu jazigo aguarda-me, mas não agora!Entendendo,
Que há a expectativa do mal, mas a finalização do bem
Vou indo... Escrevendo... Chorando... Com ELE... Até o além!
Denise Severgnini
Costurando meu arremate
Costurando meu arremate
Tempo voeja,
Entranhas em ebulição clamam liberdade
Astrológico ser impetra-me um fadário
De passagem, apanho a bagagem...
Não sei se ainda é tarde, ou se a manhã é morna
Lacrimeja a boca da noite, abluída em sangue posterior
Lápide marmórea e alva aguarda-me...
Senhora das trevas amadrinha-me... Batismo derradeiro!
Visão sem luz!
Em outras searas,
___reconciliar-me-ei com minhas letras!
Presentemente é tarde!
Van Gogh vem dizer-me:_ Starry night!
Denise Severgnini
Versos cadavér_(s )_icos
http://www.netnax.net/imgs/rip/rip0615071.gif
Versos cadavér_(s )_icos
Matei meu poema e de seu corpo fiz mortalha
Retalhei o verso à navalha, de cada corte
Eu fiz meu suporte a sustentar toda insensatez
Proveniente da morbidez estática de todos
Adeus à inspiração que vive a povoar meu imo
Cadaverize-se ante a hipocrisia... Sorria!
Carpideiras hão de chorar pelo leite derramado,
Lágrimas de crocodilos que salgarão a bala
De canhão apontado para a alma da poetisa.
Não pensem que esta morte é fugaz!
Não pensem que esta morte é fugaz!
Tem tempo certo, definido nas leis de Moisés.
Como resistir ao apelo da morte que me sorri?
Alma e realidade caminham juntas, mas peleiam
Sobrando apenas o velho epitáfio:_R. P. I.*!
Denise Severgnini(Poenise)
R. I. P. = REST IN PEACE (descanse em paz)
ou RESTOU ÍNTIMO PADECER
segunda-feira, 25 de maio de 2009
A POETISA FENECIDA
A Poetisa Fenecida
Expirado o momento d’inspiração
Carnífice martírio de letras soltas
Mal diagramadas numa expiação
Em plúmbeo veludo, já envoltas
Traçam ritos da vate tão exaurida
Harpejam fúnebres árias... Riem
Do seu não ser expresso em vida
Letras malfadadas sobrevivem...
Poetisa serpenteia na soturnidade
Diáfanas vestes encobrem a agonia
Sem sua lira, não há prosperidade
Nem como poder falar de idolatria
Epopéias do desencanto desfraldam
Bandeiras que sacolejam escuridão
Perecidas almas a ela circunavegam
Impingindo um tanto de aliviação...
Não há conforto na palavra oblíqua
Um ego sorumbático nada produz
Nem mesmo um cura a ele se adéqua
Pois ela não se ajoelha ante uma cruz
Sucumbiram quimeras, versos alados
Desalento unânime na incerta essência
Tranquiliza na lápide, ossos cansados
Como epitáfio: Poetisa por excelência!
Denise Severgnini
domingo, 24 de maio de 2009
LUA NUA
LUA NUA
Lua, nua lua,
Despi-me toda
Diante de teus raios
Luz que não é tua
Luminosidade
Que roubas do sol
E exibes como essência natural.
Em verdade, tu és lua nua,
Nua como eu,
Despida de emoções profanas.
Despi-me diante de ti, oh lua!
Humildemente, busco,
Aspergir o perfume da noite morna
Deste fevereiro quente
E interminável...
Sobrevôo o céu azeviche
Envolta em brumas,
Estas tingidas de mil cores,
Como os anéis de Saturno.
Oh, lua! Lua nua...
Nua lua...
Despida como minh’alma,
Sem nódoas ou máculas...
Sem pesares ou tristezas...
Eu estou leve!
E a leveza sustenta meu ser,
Transportado no breu da noite.
A escuridão não me assusta,
A lua nua, pendurada na abóbada celeste,
Deixa transparecer uma réstia
De sua luz emprestada
(Ou será roubada?)...
É madrugada!Almas dormem...
Vagueiam, planejam...
Atuam, amam...
Minh’alma não,
Esta navega num universo paralelo,
À procura de outros sóis
Que não emprestem
Seus raios à Selene oferecida.
Tu e eu, lua,
Ambas nuas,
Tu de luz,
Eu de tristezas!
Denise Severgnini
Noites sem Lua
http://1.bp.blogspot.com/_nVPeYZBeHC0/SSDd5sn0YRI/AAAAAAAAADE/GIa1IaOqY90/s400/eselho.JPG
Noites sem Lua
“Sorvo tristeza, ausência em noites sem lua.
Quero sentimento. Chega de desencantos”
O mundo vive imerso num mar de falcatrua
Abutres e chacais vestidos como santos
Vivendo regalias sem gastar seus mantos
Casta apodrecida de essência ainda crua
“Sorvo tristeza, ausência em noites sem lua.
Quero sentimento. Chega de desencantos”
Vejo pirilampos vagueando em cada rua
E rostos tristes, cabisbaixos em quebrantos
Porque tão fraca a dignidade está seminua
Enquanto lá, há abastança naqueles recantos
“Sorvo tristeza, ausência em noites sem lua.”
Denise Severgnini e Ternurinha
Lua Torta
Lua Torta
Triste, perdeu seu brilho...
Minguante lua, sem amor
Abandonada, perdeu trilho
Do amar sem sentir dor
É difícil se recompor
Amou como mãe ao filho
Triste, perdeu seu brilho...
Minguante lua, sem amor
Dou-se sem empecilho
Ao sol, astro-rei viajor
Do universo tão andarilho
Ficou a lua em cruel torpor
Triste, perdeu seu brilho...
Denise Severgnini
LUA SEM NOITE
http://1.bp.blogspot.com/_VxUJK2s14C8/R37hVFHw89I/AAAAAAAAAVw/o97Zdz6y0jM/s400/angels.jpg
LUA SEM NOITE
Denise Severgnini
LUA SEM NOITE
Dorme na inquietude do dia
Sem atitude, confunde
Sombra sem luz
Com escuridão que reluz
Sem rumo, sem trilha
Não vê, no dia, a maravilha
Da cor que anuncia
Vida em profusão
Só, em habitat hostil
Mergulha no ardil
Do tempo não anunciado
Sem a noite,
Lua morna combate açoite
Da viuvez não desejada
Sonha com uma madrugada...
Que saudade de ser amada!
Denise Severgnini
Felicidade Bipolar
http://www.tudoqueesolidodesmanchanoar.blogger.com.br/Bipolar.jpg
Felicidade Bipolar
Trilhar os tempos na inconstância
Da chuva e do sol a cada momento
É a sina da bipolaridade como tormento
Viagem triste na escuridão do dia
Quando desalento faz companhia
Mesmo assim, felicidade existe
Porque amigos não te deixam triste
No sol da noite clara e alegre
Euforia transborda pelo corpo inteiro
Faz com que agonia se desintegre
Felicidade é momento viageiro
"Felicidade é uma viagem, não um destino".*
Verdade implícita na frase do pensador
A busca da felicidade é sábio ensino
De quem flutua entre riso e dor
Denise Severgnini
Trilhar os tempos na inconstância
Da chuva e do sol a cada momento
É a sina da bipolaridade como tormento
Viagem triste na escuridão do dia
Quando desalento faz companhia
Mesmo assim, felicidade existe
Porque amigos não te deixam triste
No sol da noite clara e alegre
Euforia transborda pelo corpo inteiro
Faz com que agonia se desintegre
Felicidade é momento viageiro
"Felicidade é uma viagem, não um destino".*
Verdade implícita na frase do pensador
A busca da felicidade é sábio ensino
De quem flutua entre riso e dor
Denise Severgnini
*"Felicidade é uma viagem, não um destino".
Henrique de Souza Filho(Henfil) cartunista MG 1944/1988
BIPOLAR
http://www.amateurillustrator.com/articles/wp-content/uploads/2007/02/print-bipolar.jpg
Dois pólos:
Denise Severgnini
BIPOLAR
Dois pólos:
Alegria, tristeza
Reagir com certeza
(quando é possível)
Denise Severgnini
Depressão e Escrita
Depressão e Escrita
Sou uma pessoa ansiosa e depressiva.A minha taxa de serotonina é organicamente baixa.
O Cloridrato de Sertralina mantém estável.Deveria praticar exercícios físicos, ajudam.
Todavia sou preguiçosa.Escrevo por compulsão.Talvez, eu seja portadora de TOC
(Transtorno Obsessivo Compulsivo) por escrita.
Minha terapeuta nunca me falou a respeito disso.
A despeito do quadro depressivo, sou uma pessoa que ama a vida.
Tenho trabalho, família,casa própria, automóvel, amigos, inteligência ,
fé em Deus, amor e todas as coisas materiais para ter uma vida confortável.
Mesmo assim, há dias em que acordo sem vontade de fazer nada, ficar ali, prostrada , sem ação.
É nesta hora, que há força interior que existe dentro de mim vem à tona.
Não posso dar-me ao luxo da entrega à depressão.
Quem já sofreu, sofre deste mal ou tem algum familiar depressivo sabe exatamente do que eu estou falando.
É algo cruel demais, pois o que dói é a alma.
Não há feridas expostas, uma perna engessada ou algo visível aos olhos externos.
Apenas eu, sei o quanto dói.Nestes momentos, o melhor remédio não é Prozac, Fluoxitina ou Sertralina...É a escrita.
Escrevo .Exponho o que sinto ou aquilo que eu gostaria de sentir naquele momento...
O alívio vem...A vida é boa e devemos vive-la da melhor maneira possível .
Carregando e aceitando nossos problemas , que podem ser bem menores que os problemas do vizinho.
Denise Severgnini
DEPRESSÃO
DEPRESSÃO
Ebulição conflitante de sentimentos
Ir e vir de emoções boas e ruins
Quero vida, nego morte por consciência
Na angústia de certos momentos
Dúbios pensamentos de fins
Devem ser banidos da existência
A dor de uma alma é invisível
Não é palpável... É agonia incrível
Denise Severgnini
PLETORA//GÓTICA
PLETORA//GÓTICA
sanguínea intenção//fúnebre aparência
feroz emoção...// depressivos sentimentos
Paixão macabra.// Amor sanguinolento!
Karinna//Denise Severgnini
GÓTICA
http://i168.photobucket.com/albums/u161/dape_
bucket/Gothic_girl--large-msg-11557491639.jpg
GÓTICA
Gosto sombrio, trevas em atração
Tímpanos atentos a entristecidos sons
Carregam graça na fúnebre aparência
Denise Severgnini
Sombria
Sanguínea
http://houseofmetal.flogbrasil.terra.com.br/1082192192.jpg
Sanguínea
Denise Severgnini
Sanguínea
Escarlate nas mãos
Angústia no cerne
Indícios de repúdio
Denise Severgnini
DAMA NAS TREVAS
http://pianista_do_rock.zip.net/images/cemiterio.jpg
DAMA NAS TREVAS
Denise Severgnini
DAMA NAS TREVAS
No apocalipse em que me encontro
Anoiteço ante a fúria dos cavaleiros
Meu tempo finda.Sou sombra sem luz!
Denise Severgnini
ANJO NEGRO QUE SE FOI
A CRUZ E A ESPADA,
http://files.nireblog.com/blogs3/goticasimhotmailcom/files/gotica0481.jpg
A CRUZ E A ESPADA,
A CRUZ E A ESPADA,
Vacilei, lágrimas de sangue verti
Pedi perdão ante a cruz da morte
Enterrei a espada no meu amor
Denise Severgnini
Duplix:
vacilei, lágrimas de sangue verti // sofri, e na escuridão me perdi
pedi perdão ante a cruz da morte // lamentei a crueldade de minha sorte
enterrei a espada no meu amor // matando a mim mesmo sem pudor
Denise Severgnini// Mauro Gouvea
SOMBRA SEM LUZ,
http://megan.no.sapo.pt/gotica133.jpg
SOMBRA SEM LUZ,
Vislumbro formas indecifráveis
Flagelos em degredo eterno
Nada sou além um espectro
Denise Severgnini
SOMBRA AZUL
CADÁVERES
CADÁVERES
manhã insuportável,
atmosfera pesada
ar poluído,
Corpos amontoados
Automóveis nas avenidas...
sangue nas veias...
Passa uma esquina,
Outra...
Acidente fatal.
Multidão,
(como agregamento íons)
sangue no asfalto,
Corpos lançados>_____>>
___>consideráveis distâncias.
_______>Tudo esperado ...
cidades hostis,bom senso esquecido.
___________________tudo passa,
____________________só permanece,
________________lembrança testemunha:
_____________________...vidas que se perderam...
____________________...cadáveres jazentes...
____________...pessoas que não mudam...
________...criaturas não diferentes....
Denise Severgnini
REST IN PEACE
http://miguelandrade.2bsmart.org/wp-content/uploads/2009/02/rest-in-peace-640x480.jpg
REST IN PEACE
Matei a poesia e de seu corpo fiz mortalha
Retalhei o verso à navalha, de cada corte
Eu fiz meu suporte a sustentar toda insensatez
Proveniente da morbidez estática de todos
Adeus à inspiração que vive a povoar meu imo
Cadaverize-se ante a hipocrisia... Sorria
Carpideiras hão de chorar pelo leite derramado
Lágrimas de crocodilo que salgarão a bala
De canhão apontado para a alma da poetisa
Não pensem que esta morte é fugaz
Tem tempo certo, definido nas leis de Moisés
Como resistir ao apelo da morte que te sorri
Alma e realidade caminham juntas, mas peleiam
Sobrando apenas o velho dito:_Rest in peace!
Denise Severgnini
BANDIDA LUA
http://i49.photobucket.com/albums/f254/Mariposa_pt/Death__Come_Near_Me_by_FuocoGotico.jpg
Oh Selene, andarilha das noites cruas
Nas alcatifas da minha quimera vives
E a conspurcas de maneiras espúrias
Breu ativa-se nas biografias breves...
Tua maldade pulcra legifera teses
Mal resolutas, ambíguas, letíferas
Que perpetrar se abismas meus deslizes?
Lapso de era!Falhas infrutíferas...
Impeço tua extensão e, então, adejo
Em cenóbios mediévicos, permaneço
Avejão de Arthur oscula-me sem pejo
Não padeço!Venero afetuoso gracejo
Nos orbes de Cíntia, retrocedo a vicejar
Luminar sem fanal, que almejas de mim?
Alvitre do desengano confina-te ao mar!
Almejo meu sorriso em lábio carmesim...
Denise Severgnini
Bandida Lua
Oh Selene, andarilha das noites cruas
Nas alcatifas da minha quimera vives
E a conspurcas de maneiras espúrias
Breu ativa-se nas biografias breves...
Tua maldade pulcra legifera teses
Mal resolutas, ambíguas, letíferas
Que perpetrar se abismas meus deslizes?
Lapso de era!Falhas infrutíferas...
Impeço tua extensão e, então, adejo
Em cenóbios mediévicos, permaneço
Avejão de Arthur oscula-me sem pejo
Não padeço!Venero afetuoso gracejo
Nos orbes de Cíntia, retrocedo a vicejar
Luminar sem fanal, que almejas de mim?
Alvitre do desengano confina-te ao mar!
Almejo meu sorriso em lábio carmesim...
Denise Severgnini
ALMAS NEGRAS
http://aycu34.webshots.com/image/18273/2002431266208605918_rs.jpg
ALMAS NEGRAS
Almas negras, errantes de subterfúgios;
Migrantes noturnos da miséria humana
Procuras constantes, recônditos refúgios;
Odor fétido que do andamento emana
Torturas resultantes, levantes profundos...
Das almas negras, enlutadas no ódio...
Em todas as terras, em todos os mundos...
São as primeiras a ascender ao pódio.
Códigos e regras a elas não se aplicam
As desgraças da vida, nelas nada implicam...
Até as expiações densas delas se ausentam.
Almas negras, dejetos de um orbe poluído;
Carcaças e destroços de um tempo destruído;
Resquícios de maldade que na Terra habitam.
Denise Severgnini
Almas negras, errantes de subterfúgios;
Migrantes noturnos da miséria humana
Procuras constantes, recônditos refúgios;
Odor fétido que do andamento emana
Torturas resultantes, levantes profundos...
Das almas negras, enlutadas no ódio...
Em todas as terras, em todos os mundos...
São as primeiras a ascender ao pódio.
Códigos e regras a elas não se aplicam
As desgraças da vida, nelas nada implicam...
Até as expiações densas delas se ausentam.
Almas negras, dejetos de um orbe poluído;
Carcaças e destroços de um tempo destruído;
Resquícios de maldade que na Terra habitam.
Denise Severgnini
ÁLGIDO PANORAMA
/8Bisl5EBSCk/S1600-R/WALLPAPERG%C3%93TICO.jpg
ÁLGIDO PANORAMA
O alabastro é friagem
Como gélida é a imagem
A compor a paisagem
Retratada na visão
Seres fétidos povoam
As vizinhanças do burgo_(ser)
Que arriscam insurgir da lápide truanesca
Se a extenuação é certa
E a veracidade é cruciante
Faço um giro de 180º na grua
E peço valhacouto na praia erma
Enregelado clima transparece na existência afável
Que enfastia... Intrinco meus nortes
Abrolho adeus as tuas bestiais preces
Volito para outras esferas à expectativa do fenecimento!
Denise Severgnini
ÓSCULO AUSENTE
http://spd.fotologs.net/photo/13/1/13/_marionette_/1207673917_f.jpg
Ósculo Ausente
Nas cortinas do tempo, bordei minhas quimeras
Templário de sonhos, foste tu, que arquitetei
Observei-te ao longe, já de outras e outras eras
Sorvendo as essências daquele beijo que não dei
Na medievalidade da existência, enclausurei-me
Nos antros de fantasmais e impenetráveis castelos
Oh, Deus!Como não afoitei do cavaleiro achegar-me?
Hodierno estado, são as acabrunhas dos meus anelos!
Símplice plantinha, na estrada, observei tua passagem
E preservei no âmago do meu ser, tua figura heróica
Beijei-te, em filigranas de sonhos, mas sem coragem
Nunca proferi sequer eu te amo, na paisagem bucólica...
Bailaram as sazões, os meses, os anos... Novas estações
Maquiei-me de rugas, encaneceram as minhas melenas
Anego ainda em meu ser ósculo ausente... Tantas ilusões
Rascunhei uma biografia em sonhos!Esperei como Helenas!
Denise Severgnini
A ESPADA E A CRUZ
http://gotycfriend.zip.net/images/gotica1.jpg
A ESPADA E A CRUZ
Sal vertido na senda de Santa Luzia
Imolou meu espectro sem lucidez
Vassala de ti, eu ajoelhei sem rezar...
Suserano de mim, lançaste tu, a adaga
Ruíram nossos castelos... Tergiversei!
Cruzado peregrino,aguilhoaste viagem...
Oscilei... lamúrias de sangue lancei
Exorei perdão ante a cruz da morte
Inumei a espada no azado afeto!
Denise Severgnini
TREVAS
http://mundodarogue.blig.ig.com.br/imagens/menina_trevas.jpg
Trevas
Soturnezes assolantes proliferam em certos imos
Ausentam-se os fanais do apropriado discernimento
Cadavéricas configurações ofertam seus préstimos
Promovendo hordas insofismáveis de desentendimento
Adentra-se ao sepulcro, vociferam verdugos Lucíferes
Sorumbáticas teses elevam-se às mentes psicopatas
Cadaverizam estações, hiperbolizam suaves éteres
Egressão faz-se nula! Biografias fenecem obstupefatas.
Soturnos véus embaçam o olhar, quando desprevenido
Tenência! Satanás alvitra ternas seleções ao incauto
Valhacouto!Prudência!São os vocábulos ao entendido
É de maior valimento feijão com arroz a banquete lauto
Denise Severgnini
FINADA EM VIDA
http://http://i219.photobucket.com/albums/cc166/recado/glimboo/goticas/0096.jpg
Sanguínea!Há escarlate nas mãos,
Hoje... Gosto nebuloso, trevas em atração
Sombria, na nuviosa paisagem enaltecida
FINADA EM VIDA
Ontem, havia amor, deleite, sedução
Em ósculos e amplexos magistrais
Maviosa voz cantilenava aleivosias
Meu ser romanesco fido, em ti, cria
Querubim noturno que voejou...
Imersa em sangüíneas sombras,
Aparto níveas asas. Maculam-se!
Muito resta de tuas garras em mim.
No apocalipse, em que me sobrevenho,
Anoiteço ante a fúria dos cavaleiros!
Meu tempo findado. Sou sombra sem luz!
Vislumbro siluetas indecifráveis
Flagelos em degredo eternal...
Insignificância, eu sou!Abantesma!
Sanguínea!Há escarlate nas mãos,
Angústia no cerne... Indícios de repúdio!
Hoje... Gosto nebuloso, trevas em atração
Tímpanos atentos a entristecidos sons
Carregam graça na fúnebre aparência...
Sombria, na nuviosa paisagem enaltecida
Solitude do meu imo compungido...
Corvos, prefeita companhia entristecida!
Denise Severgnini
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