domingo, 24 de maio de 2009

ÓSCULO AUSENTE

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Ósculo Ausente



Nas cortinas do tempo, bordei minhas quimeras

Templário de sonhos, foste tu, que arquitetei

Observei-te ao longe, já de outras e outras eras

Sorvendo as essências daquele beijo que não dei


Na medievalidade da existência, enclausurei-me

Nos antros de fantasmais e impenetráveis castelos

Oh, Deus!Como não afoitei do cavaleiro achegar-me?

Hodierno estado, são as acabrunhas dos meus anelos!


Símplice plantinha, na estrada, observei tua passagem

E preservei no âmago do meu ser, tua figura heróica

Beijei-te, em filigranas de sonhos, mas sem coragem

Nunca proferi sequer eu te amo, na paisagem bucólica...


Bailaram as sazões, os meses, os anos... Novas estações

Maquiei-me de rugas, encaneceram as minhas melenas

Anego ainda em meu ser ósculo ausente... Tantas ilusões

Rascunhei uma biografia em sonhos!Esperei como Helenas!


Denise Severgnini

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